26 de setembro de 2011

22:22

Não sei quando pela primeira vez me ocorreu, nem se desde então, sempre, a imagem se impôs à informação.
Há dias de pressa, de cegueira, de atropelo da tranquila prática de pensamentos, associações ou atos só meus, com que pontuo a existência banal que me coube. E admito que a atenção passe adiante.
Mas muitas vezes é hora dos cisnes!
Se protagonizasse romances fantásticos, reconheceria que os visores me atraem, com frequência excecional, para plasmarem diante dos meus olhos o movimento lento e alinhado daqueles dois pares de seres elegantes, rumando sincronizadamente à esquerda.
Dura um minuto, a hora dos cisnes.
Sei-o mesmo que o olhar não acompanhe o preciso momento em que o quarto elemento se junta ao conjunto para a pequena viagem.
Mas não é raro que o movimento suave desse vogar leve consigo a imaginação e que a hora dos cisnes seja apenas um começo.




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