27 de setembro de 2011

Em busca da APC
De como a virtualidade pode transformar-se em falta realmente sentida


Que título! Longo e explicativo, como os escritos barrocos dos estudos de outro tempo...
Mas o assunto não me faz rir, antes me inquieta.
O facto é que a APC, autora do blogue «Camuflagens», atravessou, a uma distância virtual, uma pequena e importante parte da minha vida. Os seus comentários sobre algumas coisas que escrevi ancoraram-se, muitas vezes, na inteligente análise do real e na sensibilidade de quem tem uma humanidade verdadeira e apurada. Trocámos sentidos emails e chegou a agendar-se, sem data, o café que tomaríamos lá para os lados do Marquês, quando eu concedesse ultrapassar os montes deste reduto nordestino onde sou eu, para o periódico banho civilizacional na capital.
Nunca ocorreu. E de há uns meses para cá, só silêncio. Despercebido primeiro; curioso em seguida; inquietante depois, quando todos os ecos perscrutados emudeceram…
Que será feito da APC, essa especialíssima presença distante de um tempo?! Nem publicações, nem respostas, nem testemunhos de amigos…

Onde está a APC?
Quem se recordar com gosto das BD «Onde está o Wally?», desculpará que a imagine na profusão da mancha desenhada numa página de interrogação, bem disfarçada, entre os livros, os utilizadores cosmopolitas e as transparências vítreas da biblioteca de Alexandria, onde sei que gostaria de se perder, ou se encontrar…
APC: nós, continuamos aqui!
Até...?




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